Nas últimas décadas, atividades baseadas no capital intelectual vêm ganhando cada vez mais força. É nesse contexto que John Howkins cunhou o termo “economia criativa”, em que estabelece uma estreita relação entre economia e criatividade.
O conceito ganhou relevância a partir dos anos 2000, em um momento em que as atividades não apenas geravam desenvolvimento e crescimento econômico, como também novos empregos e oportunidades.
Afinal, o que significa economia criativa?
De acordo com a Revista Economia & Tecnologia, a principal matéria-prima da economia criativa é, de fato, a criatividade. Algumas das principais atividades relacionadas à área, portanto, são, atualmente, produção cultural, moda, mídia, artes, arquitetura, cinema e design.
Em 2001, Howkins alegou que a criatividade não deveria ser um monopólio pertencente aos artistas, uma vez que profissionais de qualquer área também possuem a capacidade de criar coisas novas, originais, reais, pessoais e significativas.
O termo indústria criativa, por sua vez, é utilizado pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) para descrever os círculos de criação, produção e distribuição de bens e serviços desenvolvidos a partir da criatividade e do capital intelectual.
Os quatro eixos da economia criativa
De maneira a classificar as indústrias criativas, a UNCTAD elaborou um modelo que divide-as em quatro eixos distintos: arte, criações funcionais, mídia e patrimônio. Cada um desses eixos, entretanto, pode ser desmembrado em setores.
Em 2012, a Secretaria de Economia Criativa, vinculada ao Ministério da Cultura, identificou 20 setores na área: artes cênicas, música, artes visuais, literatura e mercado editorial, audiovisual, animação, games, software aplicado à economia criativa, publicidade, rádio, TV, moda, arquitetura, design, gastronomia, cultura popular, artesanato, entretenimento, eventos e turismo cultural.
Hoje em dia, é fácil percebermos a presença de tais atividades ao nosso redor.
As perspectivas para as indústrias criativas no Brasil
Apesar do crescente número de startups e empreendimentos criativos que vêm surgindo no Brasil, a participação relativa da economia criativa no país é três vezes menor que em países europeus, como França, Noruega, Finlândia e Reino Unido. Entretanto, políticas públicas bem elaboradas com certeza seriam capazes de facilmente reverter a situação.
Tendo em vista a diversidade e riqueza existentes no Brasil, é inegável que haja a possibilidade de desenvolver mais indústrias criativas de maneira sustentável e economicamente viável.
Para entender melhor sobre o tema, assista o documentário Made In Goyaz, produzido por mim como trabalho de conclusão do meu curso de graduação.
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